Erguendo a voz, Jesus disse:

Quem acredita em Mim, não é em Mim que acredita, mas Naquele que me enviou; e quem Me vê a Mim, vê Aquele que Me enviou.

Eu vim como luz ao mundo, para que todo aquele que crê em Mim não permaneça nas trevas. (João 12, 44-46)



sábado, 21 de abril de 2012

SÊ BOM PARA CONTIGO

«Ser bondoso para contigo significa
olhares para ti com humanidade.
Ser bondoso significa sentires-te bem contigo próprio.
É reconhecer a criança ferida que existe em ti
e usares de misericórdia para com ela;
olhar para as próprias feridas com o olhar
compassivo do coração e agir com uma
dedicação sincera.
Não deves enfurecer-te com as tuas próprias fraquezas,
mas sim olhá-las com amor e aceitá-las.
Só um olhar carinhoso pode fazer com
que as nossas fraquezas se transformem.

Não dificultes a tua vida
ao levar demasiado a sério
aquilo que não te agrada em ti
e o que te aborrece nos outros.
Vive e deixa viver.
Vê para lá das coisas.

Sê criativo na forma como levas alegria
à vida das pessoas que vais encontrando.
As rosas que fazes florescer para os outros
não perfumam apenas a vida delas.
Também inebriam a tua.
Também enchem o teu coração de amor e alegria.
Sempre que te aproximas dos outros,
há algo em ti que se agita,
que te faz sentir livre e expansivo.»


Anselm Grün

quinta-feira, 19 de abril de 2012

O MUNDO...
 


O mundo é ventre materno,
Que acolhe o mistério eterno,
Do homem em mutação.

De espírito encarcerado,
No corpo acorrentado,
Vai crescendo em correcção.

Cada queda é necessária,
Ela é a força contrária,
Do mal em evolução.

Os passos que nos conduzem,
Em dois pólos se produzem,
São energia em acção.

O negativo e o positivo,
Transformam o homem cativo,
Numa força em combustão.

Ao cair e ao levantar,
Ele aprende a caminhar,
Para escolher a direcção.

Assim ensinou Jesus,
Que caiu com a sua Cruz,
Como exemplo de salvação.
Conceição Ferreira

sábado, 14 de abril de 2012

Festa da Divina Misericórdia

lº Domigo depois da Páscoa

Diário da Santa Irmã Faustina
“Minha filha, olha para o abismo de Minha Misericórdia e dá a esta misericórdia louvor e glória. Faze-o da seguinte maneira: reúne todos os pecadores do mundo e mergulha-os no abismo da minha Misericórdia. Minha filha, quero entregar-Me às almas, desejo almas. Na minha festa, na festa da Misericórdia, percorrerás o mundo inteiro e trarás as almas que desfalecem à fonte de Minha Misericórdia. Eu as curarei e fortalecerei” (D.206)
“Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente
para os pecadores. Nesse dia, estão abertas as entranhas da Minha misericórdia.
Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará perdão das culpas e das penas. Nesse dia, estão abertas todas as comportas divinas pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate. A Minha misericórdia é tão grande que, por toda a eternidade, nenhuma mente, nem humana, nem angélica, a aprofundará. Tudo o que existe saiu das entranhas da Minha misericórdia.
A Festa da Misericórdia saiu das minhas entranhas. Desejo que seja celebrada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa. A humanidade não terá paz enquanto não se voltar à fonte da Minha misericórdia.” (D. 699)

segunda-feira, 9 de abril de 2012

MENSAGEM. (Isaias 43)

1 E agora, eis o que diz o Se­nhor, o que te criou, ó Jacob, o que te formou, ó Israel:«Nada temas, porque Eu te res­gatei, e te chamei pelo teu nome; tu és meu. 2 Se tiveres de atravessar as águas, estarei contigo, e os rios não te submergirão. Se caminhares pelo fogo, não te queimarás, e as chamas não te consumirão. 3 Porque Eu, o Senhor, sou o teu Deus; Eu, o Santo de Israel, sou o teu salvador. Entrego o Egipto por teu resgate, a Etiópia e Seba em troca de ti. 4 Visto que és precioso aos meus olhos, que te estimo e te amo, entrego reinos em teu lugar, e nações, em vez da tua pessoa. 5 Não tenhas medo, que Eu estou contigo.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

PAIXÃO DE CRISTO

A Sexta-Feira Santa, ou 'Sexta-Feira da Paixão', é a Sexta-Feira antes do Domingo de Páscoa. É a data em que os cristãos lembram o julgamento, paixão, crucificação, morte e sepultura de Jesus Cristo, através de diversos ritos religiosos. Segundo a tradição cristã, a ressurreição
de Cristo aconteceu no domingo seguinte ao dia 14 de Nisã, no calendário hebraico. A mesma tradição refere ser esse o terceiro dia desde a morte. Assim, contando a partir do domingo, e
sabendo que o costume judaico, tal como o romano, contava o primeiro e o último dia, chega-se à sexta-feira como dia da morte de Cristo.
A Sexta-feira Santa é um feriado móvel que serve de referência para outras datas. É calculado como sendo a primeira Sexta-feira após a primeira lua cheia após o equinócio de outono no hemisfério sul ou o equinócio de primavera no hemisfério norte, podendo ocorrer entre 20 de março e 23 de abril.
Na Igreja Católica, este dia pertence ao Tríduo pascal, o mais importante período do ano litúrgico. A Igreja celebra e contempla a paixão e morte de Cristo, pelo que é o único dia em que não se celebra, em absoluto, a Eucaristia.
Por ser um dia em que se contempla de modo especial Cristo crucificado, as regras litúrgicas prescrevem que neste dia e no seguinte (Sábado Santo) se venere o crucifixo com o gesto da genuflexão, ou seja, de joelhos.
Celebração da Paixão do Senhor
No entanto, mesmo sem a celebração da missa, tem lugar, no rito romano, uma celebração litúrgica própria deste dia. Tal celebração tem alguma semelhança com a celebração da Eucaristia, na sua estrutura, mas difere essencialmente desta pelo facto de não ter Oração eucarística, a mais importante parte da missa católica.
O memorial da morte do Senhor consiste, resumidamente, na adoração de Cristo crucificado, precedida por uma liturgia da Palavra e seguida pela comunhão eucarística dos participantes. Presidida por um presbítero ou bispo, paramentado como para a missa, de cor vermelha, a celebração segue esta estrutura.
A entrada em silêncio do presidente e dos ministros, que se prostram em adoração diante do altar. oração colecta.
Liturgia da Palavra: leitura dolivro de Isaías (quarto cântico do servo de Javé, Is 52,13-53,12), salmo 31 (30), leitura da Epístola aos Hebreus (Hebr 4, 14-16; 5, 7-9), narração ao Evangelho e leitura do Evangelho da Paixão segundo João (Jo18,1-19,42, geralmente em forma dialogada).
Homilia e silêncio de reflexão.
Oração Universal, mais longa e solene do que a da missa, seguindo o esquema intenção – silêncio – oração do presidente.
Adoração de Cristo na Cruz: a cruz é apresentada aos fiéis e venerada ao som de cânticos.
Pai Nosso
Comunhão dos fiéis presentes. Usa-se pão que foi consagrado no dia anterior, Quinta-Feira Santa.
Oração depois da comunhão.
Oração sobre o povo.
Obs: Em
muitas cidades históricas, como Paraty (RJ), Ouro Preto (MG), Pirenópolis (GO), Jaraguá (GO), Rio Tinto (Concelho de Gondomar em Portugal) e São Mateus, a Celebração da Paixão e Morte do Senhor é procedida da Procissão do Enterro, também conhecida como Procissão do Senhor Morto, em que são cantados motetos em latim.
Toda a liturgia católica deste dia está em função de Cristo crucificado. Assim, a liturgia da Palavra pretende introduzir os fiéis no mistério do sofrimento e da morte de Jesus, que assim aparece como uma acção livre de Cristo em ordem à salvação de toda a humanidade.
A veneração da cruz, símbolo da salvação, pretende dar expressão concreta à adoração de
Cristo crucificado.
A comunhão eucarística é, para a Igreja, a forma mais perfeita de união com o Mistério pascal de Cristo, e por isso é um ponto culminante na união dos fiéis com Cristo crucificado. O facto de se comungar do pão consagrado no dia anterior vem exprimir e reforçar a unidade de todo o Tríduo
Pascal
.
Além da celebração da Paixão do Senhor, rezam-se as diversas horas litúrgicas da Liturgia das Horas, incluindo um texto de São João Crisóstomo intitulado O Poder do Sangue de Cristo
Sinais de penitência
A Igreja exorta os fiéis a que neste dia observem alguns sinais de penitência, em respeito e veneração pela morte de Cristo. Assim, convida-os à prática do jejum e da abstinência da carne e qualquer tipo de ato que se refira a Prazer.
Exercícios piedosos, como a Via Sacra e o Rosário, são também recomendados como forma de assinalar este dia especialmente importante para a fé cristã.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Quinta-Feira Santa


É o último dia da Quaresma e, ao mesmo tempo, a partir da Missa Vespertina, a
inauguração do Tríduo Pascal. Em latim, o seu nome clássico é «Feria V in Coena Domini». É um dia de carácter íntimo para o povo cristão, certamente é a quinta-feira mais importante do ano, sobretudo desde que a Ascensão e o Cor¬po de Deus são cada vez mais celebrados ao domingo e não à quinta-feira.
É o dia em que Cristo, na sua ceia de despedida, antes da morte, instituiu a Eucaristia, deu a grande lição de humilde serviço, lavando os pés aos seus apóstolos, e constituindo-os sacerdotes mediadores da sua Palavra, dos seus sacramentos e da sua salvação.
Desde muito cedo que, neste dia, se celebra uma Eucaristia especial, lembrando a sua instituição. A peregrina Egéria, no século IV, testemunha que pôde assistir, em Jerusalém, a uma missa para terminar o jejum e outra centrada na instituição da Eucaristia. Mas, em Roma e no resto do Ocidente, demorou mais tempo a introdução dessa Eucaristia vespertina, que era celebrada de manhã, por condicionamento da norma do jejum eucarístico, que tinha de ser guardado desde a meia-noite do dia anterior.
As características deste dia são várias:
Desde o século IV, organizou-se, em Quinta-Feira Santa, pela manhã, a Missa para reconciliar os penitentes, e dispô-los para a celebração da Páscoa. Na liturgia hispânica, a celebração penitencial tinha lugar em Sexta--Feira Santa; a missa crismal, presidida pelo Bispo concelebrada por todo o presbitério diocesano; desde 1955, com Pio XII, a Eucaristia celebra-se de novo à tarde, com o Lava-pés, depois da homilia. Esta Missa, «in Coena Domini», abre o Tríduo Pascal da morte e ressurreição de Cristo, adiantando assim todo o simbolismo dinâmico da Páscoa no sacramento eucarístico, como fez Cristo antes de ir para a cruz; como a Sexta-Feira Santa «alitúrgico», pois não se celebra a Eucaristia, em Quinta-Feira Santa consagra-se o Pão eucarístico necessário para a comunhão desse dia. Esta consagração dá lugar à procissão da guarda da Sagrada Reserva e à consequente adoração da Eucaristia até à meia-noite. É a ocasião em que a comunidade cristã exprime mais explicitamente o seu apreço e culto a Cristo Eucarístico.